terça-feira, 6 de outubro de 2009

Mais que um simples transplante, uma conexão entre seres humanos




"Transplante é muito mais do que uma simples cirurgia. É um procedimento que envolve a mais profunda conexão entre seres humanos." - James F. Burdick


O transplante é, sem dúvida, a tão esperada resposta para milhares de pessoas com insuficiências orgânicas terminais ou cronicamente incapacitantes. É, sem dúvida, um procedimento médico com enormes perspectivas, porém impossível de ser executado sem o consentimento de uma população consciente da possibilidade, da necessidade e responsabilidade de depois da morte, destinar os seus órgãos para salvar vidas. Neste sentido, a ADOTE acredita que no cenário dos transplantes não existem estrelas, todos - pacientes, médicos e doadores - são igualmente importantes, pois não existe transplante sem doador. Acredita também que a questão da escassez de órgãos para transplantes, mais acentuada no Brasil do que em outros países, somente será resolvida através de um intenso esforço de educação de toda a sociedade, incluindo, em curto prazo e em especial, os profissionais de saúde, atores que dão início e finalizam o processo. Não menos importante é a implementação de políticas de saúde pública que priorizem a prevenção de doenças que levam a indicação de transplante. A conscientização da sociedade como um todo, tarefa de longo prazo, deve ser iniciada nas escolas, o centro ideal de formação integral dos jovens, incluindo o exercício da cidadania. Neste sentido, a incorporação dessa temática nos conteúdos curriculares dos diversos níveis de ensino é determinante para se lograr uma atitude crítica que permita o debate e a análise dos avanços científicos que influenciam a nossa saúde e determinam o rumo da nossa existência. Afinal de contas, os estudantes de hoje são os futuros médicos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, biólogos, engenheiros, pesquisadores, técnicos de laboratórios, cidadãos, governantes e potenciais doadores e receptores de órgãos, beneficiários da admirável tecnologia dos transplantes.

http://www.adote.org.br/index.php

Acompanhe a campanha de incentivo à doação de órgãos e tecidos

quinta-feira, 18 de junho de 2009

Será que a fila é mesmo unica

Um cara sai pra uma festa, uma moça bonita se aproxima e fica ao seu lado puxa papo, os dois ficam juntos, ela lhe ofere uma bebida, ele claro aceita.

horas depois ele acorda em uma banheira cheia de gelo, e um dos seus rins foi retirado

o que é isso??? uma lenda urbana??

não essa é uma realidade do Brasil, claro que não dessa f0rma, de uma forma mascarada, mas com o mesmo objeitvo, conseguir dinheiro as custas da dor das pessoas que esperam em uma fila, que contam as horas pra chegada da morte, que rezam para que sua vez chegue logo, mas não sua vez na morte, mas sim sua vez na fila.

O que todos pregam que a fila não mede cor, raça, ou classe social na realidade não é verdade, o dinheiro pode sim comprar a vida, nesses casos???

Assistam ao video

quarta-feira, 17 de junho de 2009

Um pouco de historia e leis


Convênio: Ministério da Saúde/Fundep – Universidade Federal de Minas GeraisPrograma VIVA LEGAL/TV FUTURATema: Transplante de órgãos – um sistema que garante nova esperança de vida

TRANSPLANTE DE ÓRGÃOS

A Lei da Doação de Órgãos, em vigor no Brasil desde fevereiro de 1997, estabelece que, em caso de morte cerebral, todo brasileiro maior de 21 anos é um potencial doador. Embora não obrigue ninguém a fazer isto, a lei gerou em nossa sociedade um intenso debate sobre a doação de órgãos e os transplantes.Doação de órgãos é um assunto relativamente recente no Brasil. Os primeiros transplantes ocorreram na década de 60, mas, há quarenta anos, eram muito baixos os índices de sobrevivência das pessoas transplantadas. Nos anos 80, os transplantes se difundiram no país, graças a uma conjunção de fatores — avanços das técnicas cirúrgicas, desenvolvimento de equipamentos de manutenção da vida, aprimoramento de exames capazes de determinar a compatibilidade entre doador e receptor e surgimento de novos medicamentos contra a rejeição.O transplante é a retirada de um ou mais órgãos de um doador vivo ou morto para ser colocado no corpo de alguém cujos órgãos não funcionam adequadamente. Isto só é possível com alguns órgãos: córneas, coração, pulmões, rins, fígado, pâncreas, ossos, medula óssea e pele. Alguns transplantes podem ser realizados entre pessoas vivas, e, neste caso, geralmente, são feitos entre parentes. Na maior parte das vezes, entretanto, os órgãos são provenientes de pessoas mortas.O mau funcionamento de qualquer órgão coloca em risco a vida de uma pessoa. Nesses casos, na maior parte das vezes a única chance de o paciente sobreviver é fazendo o transplante, ou seja, recebendo um órgão sadio em substituição ao órgão lesado. Em outros casos, o transplante é uma alternativa para melhorar a qualidade de vida de pessoas que sofrem graves limitações, como é o caso, por exemplo, daqueles que enfrentam problemas nas córneas: o transplante corrige os problemas e permite a reintegração dessas pessoas ao trabalho e ao convívio social.Dados recentes indicam que existem 24.500 pacientes inscritos em listas de espera no Brasil para fazerem um transplante. Eles estão assim distribuídos: coração: 199; córnea: 11.000, fígado: 780; medula óssea: 400; pulmão: 33, rim: 12.098; entretanto — e apesar de a lei estar em vigor, faltam doadores.A doação é um gesto de solidariedade, praticado de livre e espontânea vontade. Quem se opuser à lei deve alterar seu documento de identidade ou de habilitação de motorista, para que neles conste a inscrição de “não doador”. No caso de não haver essa inscrição nos documentos de um provável doador (ou seja, de alguém que venha a morrer), sua família será consultada para autorizar a doação.Apesar de todas essas medidas de precaução, grande parte da população brasileira demonstra insegurança em relação à doação compulsória de órgãos, manifestando-se oficialmente contra ela em seus documentos. No Ceará, por exemplo, 90% da população que fez carteira de identidade após a Lei de Doação de Órgãos registraram-se como não-doadores, e, na Bahia e no Tocantins, esta percentagem foi de 80%. É preciso mudar esses números trágicos.O que está em discussãoAntes de a lei entrar em vigor, a distribuição de órgãos era feita pelas próprias equipes de saúde que os transplantavam, de acordo com critérios próprios e não necessariamente justos. Hoje, com a Lei de Doação de Órgãos, todo o processo estáregulamentado e sujeito ao controle do Ministério da Saúde, desde a notificação do surgimento de possíveis doadores, passando pela captação dos órgãos (captação é a retirada do órgão do corpo da pessoa morta), pela distribuição dos órgãos captados, até a escolha das pessoas que os irão receber.Isto significa que o transplante foi democratizado em nosso país, principalmente porque a escolha dos receptores e a distribuição de órgãos é feita pela Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos de cada estado, obedecendo a uma fila única de espera. Este procedimento é obrigatório e foi instituído para evitar discriminações e injustiças na hora de escolher os transplantados, pois garante o acesso dos pacientes aos transplantes, independentemente de sua condição sócio-econômica.A fila única gera listas de espera com os nomes dos futuros receptores. Para entrar numa lista, os pacientes que precisam de transplante devem ser necessariamente vinculados a um médico ou a uma equipe médica: são eles os encarregados de inscrever os pacientes.As listas são organizadas por tipo de órgão a ser transplantado e a posição do paciente na lista obedece à ordem cronológica de sua inscrição. Os critérios são claros: sempre prevalecerá o tempo de espera e a compatibilidade com o órgão doado. Assim, quando surge um doador, nem sempre a primeira pessoa da lista é a primeira a receber um órgão; além disso, outros fatores devem ser observados, entre eles o estado de saúde do receptor, pois é preciso que ele esteja em boas condições para resistir a uma cirurgia.O processo até o transplante a ser realizado é o seguinte: a Central de Transplantes toma conhecimento de um potencial doador através da notificação — que é obrigatória e compulsória — ou através da procura ativa. Localizado o potencial doador, um neurologista ou neurocirurgião o examina para fazer o diagnóstico de morte cerebral. Para excluir qualquer possibilidade de erro, o diagnóstico deve ser feito por dois médicos, no mínimo (sendo um deles o neurologista). A família do possível doador pode indicar um médico de confiança para acompanhar todo o processo.A morte cerebral ocorre em conseqüência de grave lesão no cérebro (como traumatismo craniano, derrame, tumor ou por outros motivos). Ela difere do coma (no qual o paciente cai em sono profundo, mas mantém atividades cerebrais, embora diminuídas) porque é irreversível, definitiva, já que as células do cérebro morrem e a pessoa perde totalmente as atividades cerebrais. Mesmo as funções dos órgãos, como o batimento cardíaco, por exemplo, permanecem apenas por tempo limitado.Geralmente, os médicos utilizam-se de uma comprovação complementar, como um eletroencefalograma, por exemplo, para diagnosticar a morte cerebral. Uma vez constatada, a Central de Transplantes faz contato com a família do provável doador, para saber se ela autoriza a doação.O vídeo e o debate que se seguirá podem ser um instrumento para que nossa população se conscientize de que a doação de órgãos é um gesto de solidariedade para com todas as pessoas que há anos enfrentam a espera e correm risco de vida, caso não possam receber os órgãos que aguardam. A dor de perder um parente querido é sempre muito grande, mas pode ser amenizada quando se sabe que a pessoa que morreu ajudou a salvar outras vidas. Doar órgãos é doar vida: é um gesto de grandeza que todos podem praticar.



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Não puxe você também o gatilho


Quem se ama sabe o valor que a vida tem, quem tem a quem amar sabe o quanto uma mãe sofre quando perde um filho, como você se sentiria ao perder um ente querido que só morreu pelo preconceito, ignorancia e falta de amor de muitas pessoas

O que podemos fazer com os orgãos depois de mortos, seja no céu ou no inferno fora da terra ninguém mais precisará de orgãos, vamos nos reinventar, trazer a vida dos que foram em outra vida, promover a vida, vamos lutar para que aqueles doadores em potencial não morram em hospitais por falta de cuidado, não vamos permitir que a ignorancia mate as pessoas, é isso mesmo, quando uma familia decide não doar um orgão está puxando o gatilho contra alguém, está deixando a ignorancia matar através de uma decisão!!!

Falando um pouco sobre doação


Em que pese os problemas do sistema de saúde, o qual ainda se mostra insuficiente para atender as necessidades da população em sua plenitude, desenvolveu-se no Brasil uma notável capacidade técnica para a realização de transplantes. Apesar desse fato e da fantástica evolução da tecnologia médica em favor da vida, o fato real é que o sucesso dos transplantes, como nenhuma terapia, depende da participação da sociedade através da doação de órgãos. “Qualquer pessoa pode doar órgãos. Nenhuma religião é contra a doação. Pelo contrário, toda religião apóia o amor aos outros, que inclui o ato de doar-se. Para um transplante de órgãos, só importa a compatibilidade entre você e as várias pessoas que esperam um coração, um pulmão, um rim. Uma vida.” Discuta esse assunto em casa, no trabalho, na escola e descubra como você poderá ajudar a promover a doação de órgãos. Neste site podem ser encontradas informações e materiais para lhe ajudar. E lembre-se: “ser doador não é apenas permitir que partes de nós, em vida ou após a morte, passem a ser partes de outros. É também doar nossas aptidões pessoais e profissionais para tornar possível a vida de muitos, através dos transplantes”.
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http://www.adote.org.br/promovendoadoacao.htm

Deixa que eu te esquento


O inverno nem chegou, mas o outono já está sendo suficiente para que todos corram aos armários, peguem os agasalhos coloquem no sol para tirar aquele cheiro de roupa guardada, os cobertores já deixaram os maleiros há certo tempo, as noites sempre são mais frias.
Dona Alice também foi ao armário essa semana, retirar roupas de inverno, procurando um casaco perdido encontrou as roupas de inverno de Lívia, é o primeiro inverno sem a filha, como ela queria que tudo tivesse sido diferente, Lívia se foi na primavera, estava esperando por um coração novo desde o inverno anterior, ela nasceu com um problema na válvula mitral, e sem o transplante não conseguiu viver até seu tão sonhado baile de debutantes; D. Alice lembra que dias antes, logo na chegada da primavera um doador compatível apareceu, um garotinho também, ela soube por terceiros que ele havia morrido de acidente, só não soube que tipo de acidente, a família não quis doar os órgãos, a mãe do garotinho tinha medo de danificar o corpinho do filho, que apesar do acidente ainda estava intacto.
Logo no final da primavera Lívia morreu, ela não conseguiu esperar, talvez se ela tivesse conseguido segurar até o verão o sol poderia ter aquecido o coração de alguma mãe que perdeu seu filho, e ela então doaria o coração do filho ainda quente para Lívia, e ele nunca se tornaria um coração frio como o de muitas pessoas que insistem em colocar em baixo de sete palmos de terra órgãos que poderiam salvar a vida de muitas pessoas, órgãos que poderiam viver ainda muitas primaveras.
D. Alice fecha o armário então, é triste de mais olhar as roupinhas da filha, ela decide juntar tudo e doar para que criancinhas carentes, ajudar o próximo, essa agora seria a única maneira de esquentar seu coração.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

E Vamos Vivendo


Alguem já foi em um hospital, uma casa, ou qualquer outro lugar olhar de perto pessoas que esperam por um orgão?, dificilmente alguem responderá que sim.
Isso deveria ser obrigação de todos, todos deveriam ao menos um dia olhar nos olhos de alguem que tem a vida ligada a morte de outra pessoa, olhar bem nos olhos e captar toda tristeza e angustia que essas pessoas passam, sim todos deveriam fazer isso, antes de decidir não doar seus orgãos ou não doar os orgãos de algum familiar, saber da vida de quem espera por um transplante ajudaria muito nessa decisão, é facil ser egoista e querer guardar aquilo que já não servirá mais, tem pessoas que insistem em guardar cobertores em casa, eles ficam lá aos montes acumulando poeira, enquanto pessoas chegam a morrer de frio, o que seria então um orgão, algo de tão maior importancia, se há gente guardando cobertores imaginem a quantidade de pessoas que insistem em guardar orgãos, esses que não teram mais serventia alguma, assim como os cobertores os orgãos continuaram guardados, enquanto pessoas morrem esperando por eles.
Tomar a decisão de conhecer de perto a vida de alguem que espera por um transplante nos ajudaria a compreender melhor o que é isso.
Ninguem gosta de esperar, nem nas filas dos bancos gostamos de ficar, quem dirá em uma fila esperando por vida, e se não der tempo e o banco fechar não poderemos voltar no outro dia.